28 de abril de 2008

Verdade desportiva

O Benfica vai pedir explicações à liga sobre as arbitragens, no caso, as de Lucílio Batista (link) o que eu penso ser o mínimo exigível a um clube que tem muitas queixas a apresentar.
Alguém ainda acredita que estes senhores que se consideram senhores da verdade, têm condições de continuar a influenciar resultados e tudo se passar em frente aos nossos olhos, sem que sejam responsabilizados ou os clubes ressarcidos do seu péssimo desempenho?
Se os jogadores são alvo de castigos, que prejudicam o clube, posteriormente aos jogos, através da análise de lances utilizando imagens televisivas, porque continuam estes senhores a ser protegidos, e defendidos, quando é por todos visto que alguns dos seus erros são tão gritantes que não podem ser justificados no âmbito desportivo.
Para quando teremos um aproveitamento da tecnologia existente de forma a minorar as borradas que estes senhores andam a fazer? Quantos campeonatos têm os corruptos que vencer para que se sintam satisfeitos e concordem que os pontos devem ser de quem os merece e não de quem os compra?
Câmaras nos estádios, chips nas bolas, nas chuteiras, nas cuecas dos apanha bolas se for preciso, mas a verdade acima de tudo.

26 de abril de 2008

Terceiro lugar

Os rapazes lá fizeram a sua obrigação, venceram o jogo de forma merecida e ainda bem que não sofreram golos, pois se tem surgido o empate antes do intervalo, conforme podia ter acontecido, teria sido difícil levar de vencida a equipa do Belenenses, que se bateu bem e apareceu algumas vezes em situação de marcar.
Hoje, até o Edcarlos me surpreendeu (jogou bem e contrariou a tendência de recuar e não atacar a bola, controlando o lance com os olhos), apareceu um pouco por todo o lado, ganhou algumas bolas em antecipação e mostrou-se bastante concentrado.
Enfim, hoje vou acabar o dia a um ponto do segundo classificado, o que, longe de ser bom, não é mau de todo (considerando o que podia ter acontecido em caso de derrota).

Os números

F. C. Porto - 69 pontos, V. Guimarães - 49 pontos, Sporting - 46 pontos, Benfica - 45 pontos, Belenenses - 42 pontos.
Se no início do campeonato me tivessem questionado sobre quais os cinco clubes que a esta altura estariam colocados nas cinco primeiras posições e que lugar ocupavam, não teria qualquer hipótese de ter acertado. Nem lá perto.
Sendo quase certo que um dos três "grandes" estaria em primeiro, esperando eu que fosse o Benfica, claro, nem me atreveria a pensar que seria de forma tão folgada, que seria campeão tão cedo. Acho que nem nos meus sonhos mais arrojados me lembraria de tal coisa (devido aos últimos campeonatos e à forma como nos temos habituado a ser modestos, até nos sonhos).
Mas na realidade, estamos mesmo em quarto lugar, com possibilidade de cair ainda mais na tabela, com uma derrota no jogo com o Belenenses que se aproxima do início, o que, a verificar-se, ou mesmo um empate, agravará de forma contundente esta "onda de derrotismo" que prolifera entre o povo Benfiquista.
Nunca acordámos do pesadelo de perder Simão a que se referiu o Fernando Santos, nem nós nem Camacho, que se viu a braços com muitos jogadores, mas sem equipa.
No fim do campeonato é que se fazem as contas da época, mas, a esta altura, não há muito para somar, existem jogadores a diminuir, nunca mais igualar, multiplicam-se as desilusões e dividem-se os adeptos e associados entre possíveis pseudo soluções.

24 de abril de 2008

Impensável

Luis Filipe Vieira suspenso por 15 dias (Link)
Mais uma vez fico estupefacto com uma decisão destes senhores que se substituem a um dos pilares base de um estado de direito.
Então, se estão formalizadas denuncias, fundamentadas por imagens e opiniões de peritos, se correm processos na justiça tendo por fundamento situações semelhantes, antes mesmo de investigarem, provarem que nada existe, resolvem o problema com castigos e multas a quem fala e denuncia. Por se sentir prejudicado, num país livre e democrático, uma pessoa que o afirma, apresenta casos concretos (imagens esclarecedoras) e, não tendo nada a esconder, até porque a justiça quer-se do conhecimento público, para que os meliantes sejam conhecidos de todos, o difunde e expõe à consideração da restante população, é recriminado, instaurado um processo, feitas as averiguações e também punido pela mesma "Comissão". Impensável.
A celeridade com que foi punido o presidente do Benfica, seria desejável também em outras situações que, algumas, nem chegam a ser equacionadas. É exemplo disso o facto de o presidente do clube regional dizer tudo o que lhe apetece, tentando expor ao ridículo outros dirigentes, bem como até regiões de um país e seus habitantes, criando uma espécie de regionalização do território nacional continental, que, em boa hora, até foi reprovada em sede própria (imaginem a quem serviria).

23 de abril de 2008

Cavalo ou burro?

Atendendo aos factos que referi no post anterior, vejo-me neste momento a pensar já, e quase em exclusivo, na época que se segue.
Quanto às contratações ventiladas e dadas por garantidas na comunicação social ultimamente, casos de Ruben Amorim e Jorge Ribeiro, é minha opinião que, se por um lado não me parecem maus jogadores, por outro continuamos a contratar jogadores antes de contratar um treinador, que vai chegar ao clube sem ter oportunidade de fazer a sua equipa, o que lhe dá, logo à partida, um motivo para se desresponsabilizar pelos resultados dessas contratações.
Também me parece que estamos todos a pensar em contratar treinadores estrangeiros, que não conhecem os jogadores que temos e não sabem que jogadores estão emprestados e o seu valor. Esta política de emprestar jogadores, também merece a minha reflexão. No inicio da época, o treinador queixava-se de um plantel excessivamente extenso, composto por, além dos que transitaram do ano anterior, vários jogadores que foram contratados (grande parte, sem terem aprovação de qualquer treinador que os veio a treinar) e alguns que "saltaram" da equipa de júniores, realizando com os restantes a pré época. Nos jogos da pré época e inicio de época, os jogadores vindos dos júniores tiveram algumas oportunidades de jogar e mostrar serviço, tendo cumprido quase todos com o que deles se esperava. Já os jogadores contratados, apenas dois ou três se comprovou serem mais valias para a equipa, logo de inicio. Inexplicavelmente, os "miúdos" (jogadores que fizeram carreira no clube, alguns com vários anos de esforço e dedicação, investimento do clube e deles próprios), foram emprestados e foi-se comprar outros, que provavelmente são para dispensar. Juntando isso ao facto de, neste momento, a maior parte dos jogadores titulares se tiver hipótese vai-se embora, pois tirando os que estão em fim de carreira nenhum pensa ficar para sempre no Benfica, era preferível ter ficado com os júniores, que foram emprestados a equipas de outras ligas, onde podem ser mal geridos, ganhar vícios, mazelas, etc...
Ainda referente aos treinadores, verifico que, os melhores treinadores que passaram pelo Benfica ultimamente, também não quiseram continuar (Ronald Koeman e Trapattoni) e penso que havia condições na altura para que o seu trabalho tivesse continuidade e com bons resultados.
De facto, em nome da estabilidade, sem dispensar perfil e competência, também eu acho que "Mais vale um burro que me carregue do que um cavalo que me derrube". (Gil Vicente/Farça de Inês Pereira)

21 de abril de 2008

Possível mas pouco

Infelizmente aconteceu o que eu temia. Embora reservasse uma tímida esperança de que a equipa se pudesse encontrar e fazer um jogo razoável, não houve força física, nem anímica.
O jogo e mais ainda o resultado no Alvalixo tiveram um impacto amplamente negativo. Para além do facto de fechar a porta da Taça, foi o agudizar do estado de "depressão" a que a equipa se entregou depois da derrota com a Académica, do qual não conseguiu sair ainda e se vai manter, com toda a certeza, espero que de uma forma menos notória, até ao fim da época que cada vez mais anseio.
Os dois jogos com o F.C.Porco, marcam esta época para o Benfica. Se no primeiro foi o início da queda, pois penso que foi desde esse dia que perdemos o campeonato, num jogo que até disputámos de uma forma razoável e acabamos por perder pela margem mínima, tendo desfrutado de algumas situações flagrantes de golo (se tivéssemos ganho continuávamos a disputar o campeonato), o segundo marca uma fase tão negativa que não pode piorar muito mais.
Nem com as outras equipas a perder pontos conseguimos ultrapassa-las na classificação.
Vejo-me, de novo, a equacionar possibilidades e probabilidades. Se é possível chegar ainda ao segundo lugar, não é lá muito provável que aconteça.

20 de abril de 2008

Clássico?

Mais uma vez me sinto-me na expectativa de poder ficar duplamente triste ou duplamente contente, depois do jogo que vai ter lugar daqui a algumas horas, a que muitos apelidam de clássico.
Como escrevi num post anterior, duplamente contente por o Benfica ganhar e o F. C. Porto perder ou duplamente triste, se vier a acontecer o contrário.
Preferia que o Benfica não encarasse este jogo como um clássico, mas sim como um "jogo normal", até porque encarar este jogo como algo especial é dar demasiada importância ao adversário. Mas, há sempre um mas, os jogos "normais" também não tem sido o nosso forte.
O Chalana disse ontem em entrevista que "O nosso orgulho está sempre em jogo" e isso sim, é um facto.
Se clássico quiser dizer que é um jogo de qualidade, com um Benfica capaz para defender a sua gloriosa história e o orgulho de todos os benfiquistas, então que seja um clássico, e dos bons...

19 de abril de 2008

Manifestação

Hoje, a notícia do dia é uma manifestação que foi organizada e obteve grande adesão num blog, com o intuito de “forçar” a novas eleições para a presidência do clube.
Como Benfiquista, também eu não estou satisfeito com os resultados do meu clube e sinto que as minhas expectativas, criadas pelo presidente no início da época, foram defraudadas pelas vergonhosas prestações desta “equipa maravilha”.
De resto, concordo que o presidente tem neste momento uma imagem desgastada, equiparada a “um bombeiro que tenta apagar todos os fogos”, na qual muitos não se revêem, propiciada por uma gestão de recursos humanos deficiente, por motivos mais ou menos compreensíveis (saída e não substituição de Veiga, não nomeação de porta voz para não exposição pública excessiva, etc...)
Não obstante, acho que estamos todos a reagir e não a agir. Reagir é meio caminho para errar, pressupõe resposta a um estímulo e muitas vezes a resposta tem pouco de mental, é rápida e sem espaço para ponderação e avaliação de melhores soluções e condutas.O que precisamos neste Benfica é de um líder, não de um “patrão”...
O líder é aquele que consegue motivar, consegue que se façam as coisas mais desagradáveis com um sorriso na cara, faz-nos acreditar que o que fazemos é mais importante do que podemos imaginar e que somos essenciais, únicos, que podemos sempre ser melhor na prossecução dos objectivos traçados pelo “patrão”, que será importante que sejam até ultrapassados esses objectivos para nossa auto promoção. Consegue que as coisas nos pareçam apetecíveis e convence-nos de que o que o “patrão” quer é exequível e é o melhor para todos. Dessa forma, ultrapassam-se obstáculos intransponíveis.
O Presidente é um “patrão”. O papel do “patrão” é dar condições de trabalho, transmitir os objectivos ao grupo e ao líder, apresentar dados que permitam que o trabalho do grupo seja comparado com o de grupos semelhantes, remunerar o grupo pelos serviços prestados segundo o previamente combinado e, quando se justificar, gratificar o grupo de alguma forma pelos resultados obtidos.
O grupo deve ser o mais homogéneo possível, contudo, havendo diferenças entre os elementos, essas diferenças são aproveitadas pelo líder de forma a coloca-las ao serviço dos interesses do grupo.
Por vezes o “patrão” tem características de líder, mas nem sempre isso acontece e nem sempre o verdadeiro líder do grupo é o indivíduo que ocupa um cargo por nomeação ou contrato. Quem tem qualidades de líder sejam inatas ou adquiridas, dependendo das situações, assume a liderança naturalmente, sempre que o grupo precise. Dependendo das situações, podem até haver trocas de líder, que deve ser uma pessoa em que os outros se revejam, em que acreditem, que dê o exemplo e saiba exactamente o que fazer ou dizer a cada indivíduo para obter dele o comportamento ou reacção mais favorável ao grupo.
Actualmente, meus senhores, não faz falta outro “patrão”. Não vejo como alguém possa, neste momento, melhorar o trabalho que tem sido feito a nível de recuperação financeira, construção de infra-estruturas, angariação de novos sócios, etc... Pode haver quem siga a mesma linha. Mas melhorar? É certo e sabido que o Pinto da Costa (desculpem o palavrão) não ganhou o que ganhou em dois ou três mandados (nem legalmente, mas isso é outra história). A desestabilização do trabalho em curso e da preparação para o novo modelo, já anunciado, que faz todo o sentido, com um director desportivo que personalize o papel de líder, pode provocar mais uma travessia no deserto.
O que faz falta, sim, é um líder. Alguém que optimize o trabalho, faça render os recursos, gira as emoções e trabalhe com o grupo, no grupo e para o grupo.

18 de abril de 2008

Fábula infantil

Há muitos, muitos anos, que existem três animais que se diferenciaram e sobrepuseram a todos os outros, cada um à sua maneira e por motivos diferentes.
Um deles foi o Leão, temido pelos restantes animais, que tremiam ao ouvir o seu rugido e tinham pesadelos com as suas garras e seu instinto assassino. Por esse motivo, todos lhe prestavam vassalagem e se dobravam à sua passagem, apelidando-o de Rei, o que era para ele motivo de vaidade e, na sua forma de pensar, sinal de respeito e admiração.
Outro, o Dragão, tinha umas pequenas asas, que mal suportavam o seu peso, falava com dificuldade (trocava os B pelos V) e todos os outros temiam o seu hálito de cheiro terrível, motivado pela sua dieta de tripas, que com um simples sopro, queimava tudo em que tocasse. Só por isso, era respeitado e temido pelos outros e ninguém se atrevia a ser seu opositor.
O terceiro foi a Águia, animal extremamente inteligente, trabalhador, senhor dos céus, com potencialidades ilimitadas e por isso admirada e respeitada pelos restantes.
Cada dia que passava, o Leão tornava-se mais vaidoso e rugia aos sete ventos, para que todos lhe fizessem a devida vénia. O Dragão, ardiloso que era, concedia as honras ao rei, por forma a daí retirar dividendos, pois enquanto os outros animais se mantivessem controlados seria sempre um dos mais respeitados, o que lhe era suficiente, atendendo às limitações que sabia ter.
A Águia, segura de si e das suas potencialidades, recusava-se a tais comportamentos pois não conseguia conceber a ideia de se vergar perante um animal que considerava pouco inteligente, preguiçoso e com a mania das grandezas.
Certo dia, a Águia, cansada de ser incomodada pelos rugidos, que não a deixavam descansar, encontrou a solução para poder pousar, sem ser incomodada e descansar, sem ter que suportar o cheiro do Dragão e o barulho do Leão. Então, começou a construir tijolos, que foi sobrepondo, dia após dia, mês após mês, ano após ano, tendo utilizado a sua inteligência, trabalho e dedicação e edificado um pedestal de um tamanho sobremaneira alto que, nem ela própria com os seus olhos apurados, conseguia vislumbrar o que quer que fosse no reino do Leão.
O Leão e o Dragão, sentiram-se diminuídos com a imponente construção e iniciaram também eles, cada um por si, construções semelhantes que serviriam para, no caso do Leão mostrar a sua soberania e no caso do Dragão, ganhar o seu lugar ao sol, pois a Águia imperiosa, sentada no seu pedestal, quando abria as asas fazia sombra a todos os outros animais.
Todavia, a construção dos tijolos não era tarefa fácil, para um Leão preguiçoso e um Dragão que, com a sua forma enganadora de ser e de falar, nunca tinha tido necessidade de se dedicar a trabalhos pesados para conseguir os seus intentos.
Após algumas semanas, o Leão começou-se a dedicar aos seus filhotes, que, à medida que iam crescendo se tornavam fortes e ajudavam nas caçadas e fabrico de tijolos, contudo, sempre que aparecia uma oportunidade, os pequenos procuravam novas parcelas de terra, para também eles poderem reinar.
O Dragão, obstinado com a ideia de igualar o feito da Águia, continuava a trabalhar, mas, como era da sua natureza, procurava encontrar maneira de fazer o menor esforço possível. Assim, fez uma parceria com uma espécie de animais de nome Porcos, que, embora gostassem e comessem fruta, devoravam deliciados as bolachas que o Dragão assava com o seu bafo fedorento e trabalhavam em troca dessas e de outras iguarias com que este lhes pagava. Entretanto, todas as noites, a coberto da escuridão, o Dragão e os Porcos iam roubando tijolos da Águia e do Leão, que colocavam na edificação do Dragão, motivando o seu crescimento.
Cerca de um ano depois, estando a Águia a acabar de acordar, sentiu um cheiro que lhe era familiar, mas que não sentia há muito tempo. Surpreendida, olhou em direcção do solo e viu um ponto negro que se destacava. Era o Dragão.
A Águia, ficou espantada e achou muito estranho que a edificação do Dragão estivesse tão avançada. A partir desse dia, usando as suas espantosas capacidades auditivas, interceptou várias conversas entre o Dragão e os Porcos, ficando a par das suas congeminações no sentido de furtar ainda mais tijolos, em detrimento de os fabricar. Então, fez as contas e chegou à conclusão exacta de quantos tijolos já lhe tinham sido tirados.
Um dia, aproveitando o facto de o Dragão se deslocar a uma caverna existente numa montanha, de onde retirava o barro para os tijolos, a Águia foi buscar os seus tijolos, mas, em vez de os transportar para o local de onde o Dragão os furtou, levou-os para a entrada da caverna e bloqueou a saída, deixando no interior o animal mal cheiroso, que só via o pôr do sol através dos quadradinhos que a habilidosa e majestosa ave deixou entre os ladrilhos para entrar o ar.
Depois de conhecer os factos que levaram a Águia a prender o Dragão, tendo recuperado os seus próprios tijolos, satisfeito por ela ter tomado uma iniciativa que ele nunca teve coragem de tomar, o rei Leão ordenou que nenhum animal libertasse o Dragão e proibiu que se dissesse o seu nome.
Ainda hoje, de vez em quando, sai fumo do interior dessa montanha, que, por não puder mencionar o nome, os outros animais chamam de vulcão.

17 de abril de 2008

O mundo não acabou

É altura de avançar...
Deixar para trás a desilusão.
Acordar do pesadelo.
Pensar no jogo no dragão.
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Apanhar e juntar os cacos,
Voltar a colar e arranjar,
Apoiar de novo o que temos.
É com estes que iremos contar
```````````````````````````
O mundo não acabou ontem,
Mas esta época não está a ser boa,
Tudo em que entrámos, perdemos.
Até o campeonato de Lisboa.
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Mas somos um clube centenário,
De cuja história no orgulhamos.
Outras vezes seremos mais fortes.
Como tantas outras o fizemos.
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Não espero para não desesperar,
Mas vou continuar a apoiar,
Lamber as feridas, olhar em frente,
Neste jogo de perder ou ganhar.
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E se um dia lembrar o que senti ontem,
Será apenas por saudade.
Pensei que o jogo estava ganho.
Mas faltava ainda outra metade.
````````````````````````````
Vamos Benfica...
Apanha-os do chão.
Bate-te, valente.
Faz frente ao dragão.

16 de abril de 2008

Palavras para quê?

Poderia dizer que fizemos uma belíssima primeira parte. Mas palavras para quê? Podia afirmar que não foi marcado um penalti sobre o Di Maria. Mas palavras para quê? Apetece-me gritar que o arbitro foi parcial na amostragem de cartões. Mas palavras... para quê?
Na segunda parte, a defesa tentou jogar em linha, mas havia sempre alguém a fazer asneira, o meio campo não pressionava, não acertávamos um passe, ninguém marcava ninguém, o único jogador com velocidade no contra ataque saiu e generalizou-se o pontapé para a frente, tipo jogo de solteiros contra casados. Podia dizer muitas coisas, mas palavras... leva-as o vento.
Não tenho dúvida alguma que o quase Benfica ganhou este jogo. Depois, fez um lindo embrulho, com direito a laço e tudo, e ofereceu-o de presente ao sporting.
Primeira parte quase perfeita, jogadores que quase pareciam outros, quase acertaram todos os passes, quase todos pensámos que estávamos na final. Foi outro grande jogo deste Sport Lisboa e Quase Benfica.

Pau de dois bicos

Hoje é dia de derby. É um daqueles dias em que estamos preparados para a derrota, mas vamos acreditar na vitória até ao último segundo. Não só queremos ganhar ao sporting, como também queremos que eles percam, pelo que vamos ficar duplamente contentes, ou não...
Analisando a situação friamente, o Benfica está em vantagem, pois joga fora e todos sabemos que os jogos fora têm sido mais favoráveis ao Glorioso que os caseiros. Além disso, tendo em conta os dois empates que se verificaram anteriormente contra o sporting, nos jogos do campeonato, se for esse o resultado ao fim dos 120 minutos, observando-se que os lagartos não sabem marcar penaltis, estamos safos.
Um derby pressupõe sempre um jogo em que o resultado é uma incógnita até ao último minuto. Para o Benfica este jogo em particular é, na minha opinião, um "pau de dois bicos". Se por um lado pode ser o jogo do ano, pelo que representa em termos da presença na final da taça e pelo que representa sempre uma vitória sobre os eternos rivais esverdeados, pode, por outro lado, em caso de derrota, tendo em conta o actual estado de espírito em que o clube se encontra, ser a estucada final que vai deitar por terra não só todas as esperanças de ganhar algo esta época, eliminando até os outros dois clubes grandes (o que seria fantástico), como se afigura o início da decadência da esperança que em todos nós mora, de ganhar o próximo encontro do campeonato, no dragão.
Quero com isto dizer que, na minha opinião, se ganharmos o jogo de hoje estamos mais aptos para o encontro com o clube regional, que se revela de importância extrema, assim como este, elevando o moral da equipa e dos adeptos (pois continuamos na disputa de uma competição), bem como pode por um ponto final até nas saídas e entradas de jogadores na convocatória, que tem sido constante, contribuindo para escolha cabal daqueles em que podemos contar para a batalha pelo lugar na champions.

15 de abril de 2008

Já dizia o meu avô

Perante a conjectura social em que vive o nosso país, o Benfica é, neste momento, um clube de grande visão.
A sabedoria popular diz que "no poupar está o ganho" e os tempos em que vivemos não estão para grandes excentricidades, pelo menos para a grande maioria dos Portugueses neste jardim à beira mar plantado.
O Benfica, clube que na sua génese tem "seiva" de gente do povo, demonstra-se ultimamente preocupado com estes factos. Não sendo por isso, como se compreende a poupança de esforço que os jogadores fazem em pleno jogo, no relvado?
Existe outra forma de abordar a questão, que pode ter a sua lógica, também ela de poupança.
Já dizia o meu avô "Muito se poupa por não haver". E neste caso, o Benfica tem sido um exemplo a seguir, pois não perde uma oportunidade de poupar, seja em qualidade de jogo, qualidade de jogadores, capacidade dos técnicos, motivação, alegria dos adeptos, resultados desportivos, etc...
O que me preocupa ainda mais é que, não indo à liga dos campeões e não havendo no plantel outro Simão para vender, não vejo forma de melhorar substancialmente a equipa para o próximo ano. E se o governo diz que o país está em retoma financeira e que cada ano será melhor que o anterior, já no Benfica, não me parece.
Hoje vamos todos assistir à primeira meia final da taça, em que, conforme já aconteceu anteriormente, em outros palcos, a máfia do norte é dona das duas equipas. O técnico do Setúbal sabe bem que tem que beijar a mão ao padrinho, dono dos jogadores que lhe permitiram estar onde está e fazer um campeonato agradável, para sua própria auto promoção, que lhe valerá, talvez num futuro a médio prazo, ser treinador do clube regional à primeira escorregadela do Jesualdo. Tendo em conta as suas declarações, em que frisa ambicionar treinar um clube grande, observando-se o facto de o Paulo Bento estar agarrado ao Sporting como uma carraça e de festejar os golos contra o Benfica com tanta paixão, só pode estar a sonhar com os ares do norte.

O primeiro post

Que dia tão mal escolhido para iniciar a minha existência na blogosféra, poderão pensar quem ler este meu primeiro post, uma vez que, o tema sobre o qual me proponho opinar não será para mim fácil de explorar por motivos óbvios, especialmente em virtude do quarto lugar que o Benfica ocupa neste momento, reflexo da péssima exibição contra a Académica que resultou numa derrota por números expressivos (0-3).
Não obstante, de hoje em diante, sempre que tenha algum comentário, ideia ou patetice para divulgar ao mundo, este será o meu canal de comunicação, fazendo desde já a todos os que, por engano ou não, por aqui passarem, o desafio de deixarem também o vosso comentário.
As afirmações, ilações ou insinuações que aqui forem feitas, não passam de opiniões sem qualquer intenção de ofensa, sendo até, provavelmente em muitos casos, desprovidas de qualquer fundamento.