15 de abril de 2008

Já dizia o meu avô

Perante a conjectura social em que vive o nosso país, o Benfica é, neste momento, um clube de grande visão.
A sabedoria popular diz que "no poupar está o ganho" e os tempos em que vivemos não estão para grandes excentricidades, pelo menos para a grande maioria dos Portugueses neste jardim à beira mar plantado.
O Benfica, clube que na sua génese tem "seiva" de gente do povo, demonstra-se ultimamente preocupado com estes factos. Não sendo por isso, como se compreende a poupança de esforço que os jogadores fazem em pleno jogo, no relvado?
Existe outra forma de abordar a questão, que pode ter a sua lógica, também ela de poupança.
Já dizia o meu avô "Muito se poupa por não haver". E neste caso, o Benfica tem sido um exemplo a seguir, pois não perde uma oportunidade de poupar, seja em qualidade de jogo, qualidade de jogadores, capacidade dos técnicos, motivação, alegria dos adeptos, resultados desportivos, etc...
O que me preocupa ainda mais é que, não indo à liga dos campeões e não havendo no plantel outro Simão para vender, não vejo forma de melhorar substancialmente a equipa para o próximo ano. E se o governo diz que o país está em retoma financeira e que cada ano será melhor que o anterior, já no Benfica, não me parece.
Hoje vamos todos assistir à primeira meia final da taça, em que, conforme já aconteceu anteriormente, em outros palcos, a máfia do norte é dona das duas equipas. O técnico do Setúbal sabe bem que tem que beijar a mão ao padrinho, dono dos jogadores que lhe permitiram estar onde está e fazer um campeonato agradável, para sua própria auto promoção, que lhe valerá, talvez num futuro a médio prazo, ser treinador do clube regional à primeira escorregadela do Jesualdo. Tendo em conta as suas declarações, em que frisa ambicionar treinar um clube grande, observando-se o facto de o Paulo Bento estar agarrado ao Sporting como uma carraça e de festejar os golos contra o Benfica com tanta paixão, só pode estar a sonhar com os ares do norte.

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