22 de julho de 2008

Plantel (in)completo

Já temos todos os jogadores às ordens do novo treinador. Apenas falta o Di Maria, pois o Adu já não vai representar o Benfica esta época. É um plantel extenso e vai haver um corte substancial. Alguns jogadores vão deixar a impressão de que não tiveram oportunidade de mostrar o seu valor e outros de que o que mostraram não chega para vestir a camisola do SLB.
Pessoalmente tenho confiança nas pessoas que vão decidir, pois não esqueço a miséria que foi a época transacta e espero que não se volte a repetir. Também o facto de o director desportivo ter privado e jogado com a maior parte dos jogadores que vão sair, dá-lhe um conhecimento e uma orientação privilegiada no sentido de procurar a melhor solução para cada caso, pois conhece as pessoas e o que elas podem oferecer à equipa. Obviamente a decisão será do treinador, mas todos já ouvimos da boca do Quique que confia plenamente no Rui Costa e que estão em prefeita sintonia. E se alguns passes serão negociados, bem como se verificaram já algumas rescisões, outros irão ainda ter a sua oportunidade, a seu tempo. A minha esperança é que sejam tomadas as medidas que melhor sirvam os interesses do clube, por muito que custe a alguém, sejam jogadores queridos da massa associativa ou não.
Segundo se tem falado, ainda faltarão algumas aquisições. Apesar de reconhecer que por vezes é imperioso que se dê algum tempo para que os negócios se desenrolem, penso que o ideal era a equipa começar a pré-epoca a trabalhar já definida, até porque, o próprio treinador é novo, tem ideias novas e é preciso que sejam assimilados conceitos desde o início. Se olharmos em redor, os lagartos e os tripeiros nesse aspecto estão em vantagem, e isso tem-se visto nos jogos de preparação de ambos, em que existe já uma certa rotina com o que os treinadores pretendem (digo eu). Penso que o dia em que se apresentaram os internacionais (dia 21) seria o indicado para, o mais tardar, ter a equipa toda a treinar em conjunto, pois não nos podemos alhear ao facto de termos compromissos importantes logo nas primeiras jornadas e se os reforços que ainda vão chegar são para jogar na equipa titular, vindos de outras equipas e sem conhecerem os companheiros, vão precisar de algum tempo para se adaptarem e começarem a render.

12 de julho de 2008

Esperanças renovadas

Depois de alguns dias em que não me foi possível escrever neste espaço, volto hoje a este “cantinho” de opinião.
Desde o meu ultimo post, a sucessão de acontecimentos relevantes para o Benfica e para o próprio futebol nacional sucederam-se em catadupa e são tantos (desde a contratação do cebola pelo Porto até à confusão generalizada que se tornou a justiça desportiva, passando pelo início de época – pré temporada – do Benfica) que não tenciono escalpelizar cada assunto neste momento, até porque muito se tem escrito sobre todos estes temas.
Desde já apraz-me referir o meu contentamento por ter sido oficializado Carlos Queiroz para desempenhar funções de seleccionador Nacional. Considero uma boa escolha e espero que a selecção de todos nós possa beneficiar da sua experiência e profissionalismo. Que seja feliz nas suas funções, pois a sua felicidade será também a de todos os Portugueses que gostam de futebol.
Quanto ao Glorioso, confesso que há muito não tinha expectativas tão elevadas. Efectivamente, tenho apreciado bastante o trabalho feito pela equipa técnica, que se tem mostrado sóbria, objectiva e directa na apreciação dos factores que podem influenciar os jogadores e a equipa, denotando sempre grande profissionalismo e carácter até na abordagem feita a assuntos delicados, em resposta à comunicação social. Gosto do facto de Quique Flores tomar as rédeas da equipa e desenhar ele próprio os movimentos de cada jogador, pois é meio caminho para que não vejamos novamente um Benfica em que cada um joga por si, sem fio de jogo e jogadores que nem sabem onde se devem colocar em campo nas diversas fases do jogo (ataque, contra – ataque, recuperação de bola, etc...).
Desde há muito tempo a esta parte que os treinadores do Benfica não escolhiam os seus jogadores, tendo que trabalhar com planteis onde apenas figuravam os eleitos do presidente, de alguns empresários e as “vacas sagradas”. A mudança de política de contratações e dispensas urgia e segundo parece o Rui Costa tem-se esforçado e conseguido resultados interessantes, embora não faltem vozes críticas que desde muito cedo têm vindo a por em dúvida as capacidades e as escolhas feitas e anunciadas.
Também eu gostaria de ver alinhar vestindo as nossas cores os melhores jogadores do mundo, mas a esse facto não se pode alhear a situação do clube e do futebol Português.
Parece-me que, neste momento, trilhamos o melhor caminho, da melhor forma possível.