22 de junho de 2008

Melhores dias virão

Após alguns dias a “digerir” a eliminação da selecção do EURO 08, lá encontrei motivação para voltar a este espaço e “desabafar” a tristeza que me invade a alma.
Pensei que seria desta, estava tudo a correr de forma satisfatória (até ser noticiado o abandono do seleccionador – mais pela notícia do que pelo treinador). Cheguei a sentir fortes possibilidades de nos tornarmos campeões da Europa.
Sobre esta situação, nada me consegue convencer de que as mudanças fulcrais anunciadas de forma tão descuidada, no decorrer de uma competição que dura poucos dias e que tudo se resolve em meia dúzia de jogos, não tem impacto no grupo de trabalho. Quando o seleccionador anuncia que resolveu a sua vida, sabendo-se que vários jogadores estão, também eles, em situação de expectativa em relação ao seu futuro, como se espera que estes não mantenham contactos e pensamentos em possíveis e prováveis situações que os desconcentram do objectivo para o qual estão reunidos? Muito se disse e escreveu já acerca deste assunto, pelo que, não vou estar a alimentar mais esta situação, principalmente porque continuo a ficar algo chateado só de pensar nela.
A selecção já saiu do EURO, só falta sair-me o EURO do pensamento. Melhores dias virão (ou não...)
Este EURO já foi, venha o próximo.

13 de junho de 2008

(in)Decisão - parte II

A situação, como eu a vejo, da participação na Champions, resume-se assim:

  • O campeonato estava a correr bem ao F. C. Porto, faltavam poucas jornadas e a soma de pontos amealhada era garantia de que o campeonato estava ganho e com pontos de sobra. Neste contexto, sem que nada o fizesse esperar, em tempo oportuno (antes do final da prova, nunca se viu tamanha rapidez na justiça…), sai uma condenação para o Porto, pois era necessário condenar também o Boavista, que se estava já a afundar (ainda não entendi porque os processos saíram resolvidos na mesma data), tendo a liga tapado o sol com a peneira com um suposto castigo, que bem espremido não dá em nada, e que o clube regional aceitou com satisfação (ou ele próprio sugeriu, ainda não sei bem), ficando o caso julgado e punido (arrumado).
  • Seguem-se as declarações do presidente do clube, que da forma sagaz que se lhe conhece diz em público que o clube não vai recorrer do castigo, conforme não recorreu, tendo recorrido apenas dos dois anos que lhe foram aplicados (que à partida, conforme previamente combinado, vai conseguir facilmente escapar por voltas e trocas legais).
  • Veio à comunicação social um dos juristas envolvidos no castigo, que valorizou, extasiou, endeusou, envaideceu-se e disse tanta coisa, que até alguns Benfiquistas ficaram confundidos e apoiaram este castigo e o seu timing.
  • Tudo corria bem, não fosse alguém consultar os requisitos para concorrer às competições europeias. Nessa altura, o mundo virou de pernas para o ar.
  • A UEFA diz que o Porto não vai à Champions, conforme legislação que rege os requisitos à participação na prova.

Verifica-se neste ponto que, tudo o que havia sido tão bem feito, julgado e ponderado, afinal está tudo mal:

  1. A decisão não tinha prazo de recurso, pois findo o mesmo, o clube é notificado que afinal pode ainda recorrer. Tudo o que levou à punição do clube, resume-se a nada, pois sai da liga um parecer que diz que o castigo, após transitado em julgado, não é ainda vinculativo (onde já se viu). Gostava de ver explicar de novo àquele senhor que tanto falou e nada disse, como, de um momento para o outro, as coisas que estavam provadas deixaram de estar.
  2. O clube recorre, pelos vistos contra a opinião do presidente, conforme declarações já mencionadas.
  3. A UEFA volta com a sua decisão atrás, porque a Liga, sabe-se lá porquê :) com a mesma rapidez com que puniu (com punição nenhuma) o Porto, ao se aperceber das repercussões dos seus actos, de imediato voltou atrás e deu o dito pelo não dito, não fosse prejudicar quem era suposto ajudar.

Assim, volta tudo ao início, para que os prazos possam permitir novas estratégias e seja rectificado o que quase fugiu ao controle da Máfia.

12 de junho de 2008

Apurados

Mais uma excelente vitória da selecção, com direito e emoções fortes e momentos de alguma resignação. O resultado final resultou no apuramento desejado e mais uma vez amplamente festejado, até porque o primeiro lugar no grupo nos dá a consequente perspectiva de um adversário mais acessível na próxima fase.
Agora resta saber se a ambição da selecção se fica pelo apuramento. Achei por demais inoportuna a comunicação da saída de Scolari para o Chelsea. Temo que talvez se venha a reflectir na equipa, cujos jogadores podem facilmente projectar que não é àquele técnico que têm que agradar para voltar a ser convocados. Esta situação, em primeira análise, exclui automaticamente o seleccionador do grupo, o que deveria acontecer apenas no final da competição (como espero estar redondamente enganado).
Estes já lá vão, venham os próximos. Força Portugal, vamos a eles.

8 de junho de 2008

Vitória Justíssima

Segui com emoção o jogo entre a nossa selecção e a Turquia. Gostei do que vi, jogámos bem nos vários sectores, os jogadores demonstraram confiança e dedicação e até levaram algumas "caçetadas" que não foram suficientes para travar o ímpeto, empenho e ambição.
Tristemente recebi a notícia de que o nosso melhor guarda redes (Quim) se lesionou durante um treino, mas não tenho a memória curta e lembrando o que o frangueiro do Ricardo tem feito pela selecção, acho que talvez a baliza esteja bem entregue, até porque hoje ele portou-se à altura, apesar de ter tido pelo menos uma saída em falso, que me lembre.
Esperava um pouco mais desta Turquia, mas também, como confessou o treinador Turco, não é fácil jogar contra Portugal, principalmente quando as coisas saem de feição.
Uma palavra também aos emigrantes que vivem em clima de loucura estes dias, bonita festa que têm feito.
Estes já lá vão, venham os próximos. Força Portugal, vamos a eles.

4 de junho de 2008

(in)Decisão

A UEFA lá se pronunciou. A decisão era a que se esperava, tendo em conta os regulamentos.
A reacção também, tendo em conta o facto de o visado ser, como é sabido, uma pessoa desprovida de qualquer pingo de carácter.
Lembro-me perfeitamente de ouvir e ver uma entrevista na televisão, em que foi dito em tom de gozo e superioridade intelectual (chico-espertice) qualquer coisa deste género: "Bamos ter subtraídos 6 pontos aos muitos que conquistámos esta época, é com mágoa que em bez de ter 20 e 21 pontos de abanço bamos passar a ter apenas 14 e 15, mas paciência. Não bamos no que diz respeito ao F.C.P. recorrer da perda dos 6 pontos nem precisamos de dizer qual a razão. Bamos passar a ter apenas 14 e 15 pontos de abanço."
Mas como a ocasião faz o ladrão, sendo este senhor entendido em sê-lo, apresenta-se hoje em entrevista no telejornal, onde diz o seguinte: "Recebemos um Fax a dizer - Cite-se a CD e a SAD e, querendo, contestem. Temos possibilidade de contestar, queremos e já o fizemos".
Levou também pareceres de juristas que apontam para a irregularidade de aceitar escutas telefónicas em casos disciplinares e disse: "basearam-se em factos ilegais" para punir o Porto. Não disse: É mentira que tenha tido essas conversas que foram alvo de escutas.
Também o Sr. Madaíl, mais uma vez, se apressou a criticar a UEFA e a exercer pressão dizendo-se admirado pela decisão "injusta" e argumentando que a UEFA não está a seguir os mesmos critérios que utilizou anteriormente, em vez de dizer que, quem é culpado deve ser punido e ponto final.
O Poncio Monteiro ainda tem a lata de dizer que esta decisão serve os interesses de alguém, querendo com isso induzir que o Benfica está por trás desta situação. Não é anedótico???
O excremento afirma ter certeza de que vai ganhar o recurso. A questão vai continuar em suspenso e vai manter-se a indecisão acerca do desfecho deste filme.
Bem, chega de falar de porcaria. Vamos ver o que vai dar, com a certeza de que me sinto muito bem por ter a noção clara e real do que se passa, pois para fazer os meus próprios julgamentos não é obrigatório excluir escutas, testemunhos, imagens televisivas, registos e recibos de viagens, visitas de árbitros ao domicílio, fruta, chá e biscoitos, etc, etc, etc...

3 de junho de 2008

Acumulação de presidências

Será impressão minha ou o Sr. Gilberto Madaíl está completamente "borrado" com a hipotética decisão contra a pretensão dos andrades de irem à champions, mesmo contrariando os pré-requisitos de admissão na competição?
Certamente iniciaram-se os jogos de bastidores e de influências, o que não surpreende ninguém tratando-se dos envolvidos.
Será que o discurso dele não deveria ser de acordo com princípios de uma punição para quem se provou estar indiciado, pois seria uma forma de apoiar a justiça que tanto se apregoa e que se diz estar feita com uma punição que na prática, por assim dizer, não pune ninguém no panorama nacional?
As suas declarações não deviam ser as de uma pessoa que, não tendo poder para decidir, se colocasse incondicionalmente do lado de quem decide, apoiando o que viesse a resultar, sem parcealismos e proteccionismos a quem pode vir a ser "castigado" e que já foi condenado sem recurso (o que foi uma manobra de chico-espertismo pois o recurso poderia em primeira análise, pelos vistos má análise, arrastar o processo e fazer com que o F.C.Porto iniciasse o próximo campeonato com menos seis pontos, quantidade que os espertos podiam dispensar esta época, que lhes foram oferecidos a troco sabe-se lá de quê pelos Lucílios desta engrenagem)?
Que vergonha, senhor presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional. Ou será que é senhor presidente da Liga de Clubes Portugueses Condenados Por Corrupção? Pelo andar da carruagem, parece que é ambas as coisas.