13 de junho de 2008

(in)Decisão - parte II

A situação, como eu a vejo, da participação na Champions, resume-se assim:

  • O campeonato estava a correr bem ao F. C. Porto, faltavam poucas jornadas e a soma de pontos amealhada era garantia de que o campeonato estava ganho e com pontos de sobra. Neste contexto, sem que nada o fizesse esperar, em tempo oportuno (antes do final da prova, nunca se viu tamanha rapidez na justiça…), sai uma condenação para o Porto, pois era necessário condenar também o Boavista, que se estava já a afundar (ainda não entendi porque os processos saíram resolvidos na mesma data), tendo a liga tapado o sol com a peneira com um suposto castigo, que bem espremido não dá em nada, e que o clube regional aceitou com satisfação (ou ele próprio sugeriu, ainda não sei bem), ficando o caso julgado e punido (arrumado).
  • Seguem-se as declarações do presidente do clube, que da forma sagaz que se lhe conhece diz em público que o clube não vai recorrer do castigo, conforme não recorreu, tendo recorrido apenas dos dois anos que lhe foram aplicados (que à partida, conforme previamente combinado, vai conseguir facilmente escapar por voltas e trocas legais).
  • Veio à comunicação social um dos juristas envolvidos no castigo, que valorizou, extasiou, endeusou, envaideceu-se e disse tanta coisa, que até alguns Benfiquistas ficaram confundidos e apoiaram este castigo e o seu timing.
  • Tudo corria bem, não fosse alguém consultar os requisitos para concorrer às competições europeias. Nessa altura, o mundo virou de pernas para o ar.
  • A UEFA diz que o Porto não vai à Champions, conforme legislação que rege os requisitos à participação na prova.

Verifica-se neste ponto que, tudo o que havia sido tão bem feito, julgado e ponderado, afinal está tudo mal:

  1. A decisão não tinha prazo de recurso, pois findo o mesmo, o clube é notificado que afinal pode ainda recorrer. Tudo o que levou à punição do clube, resume-se a nada, pois sai da liga um parecer que diz que o castigo, após transitado em julgado, não é ainda vinculativo (onde já se viu). Gostava de ver explicar de novo àquele senhor que tanto falou e nada disse, como, de um momento para o outro, as coisas que estavam provadas deixaram de estar.
  2. O clube recorre, pelos vistos contra a opinião do presidente, conforme declarações já mencionadas.
  3. A UEFA volta com a sua decisão atrás, porque a Liga, sabe-se lá porquê :) com a mesma rapidez com que puniu (com punição nenhuma) o Porto, ao se aperceber das repercussões dos seus actos, de imediato voltou atrás e deu o dito pelo não dito, não fosse prejudicar quem era suposto ajudar.

Assim, volta tudo ao início, para que os prazos possam permitir novas estratégias e seja rectificado o que quase fugiu ao controle da Máfia.

1 comentário:

Anónimo disse...

Continua a falar da selecção e esquece lá os clubes por uns dias. LOL!