22 de julho de 2008

Plantel (in)completo

Já temos todos os jogadores às ordens do novo treinador. Apenas falta o Di Maria, pois o Adu já não vai representar o Benfica esta época. É um plantel extenso e vai haver um corte substancial. Alguns jogadores vão deixar a impressão de que não tiveram oportunidade de mostrar o seu valor e outros de que o que mostraram não chega para vestir a camisola do SLB.
Pessoalmente tenho confiança nas pessoas que vão decidir, pois não esqueço a miséria que foi a época transacta e espero que não se volte a repetir. Também o facto de o director desportivo ter privado e jogado com a maior parte dos jogadores que vão sair, dá-lhe um conhecimento e uma orientação privilegiada no sentido de procurar a melhor solução para cada caso, pois conhece as pessoas e o que elas podem oferecer à equipa. Obviamente a decisão será do treinador, mas todos já ouvimos da boca do Quique que confia plenamente no Rui Costa e que estão em prefeita sintonia. E se alguns passes serão negociados, bem como se verificaram já algumas rescisões, outros irão ainda ter a sua oportunidade, a seu tempo. A minha esperança é que sejam tomadas as medidas que melhor sirvam os interesses do clube, por muito que custe a alguém, sejam jogadores queridos da massa associativa ou não.
Segundo se tem falado, ainda faltarão algumas aquisições. Apesar de reconhecer que por vezes é imperioso que se dê algum tempo para que os negócios se desenrolem, penso que o ideal era a equipa começar a pré-epoca a trabalhar já definida, até porque, o próprio treinador é novo, tem ideias novas e é preciso que sejam assimilados conceitos desde o início. Se olharmos em redor, os lagartos e os tripeiros nesse aspecto estão em vantagem, e isso tem-se visto nos jogos de preparação de ambos, em que existe já uma certa rotina com o que os treinadores pretendem (digo eu). Penso que o dia em que se apresentaram os internacionais (dia 21) seria o indicado para, o mais tardar, ter a equipa toda a treinar em conjunto, pois não nos podemos alhear ao facto de termos compromissos importantes logo nas primeiras jornadas e se os reforços que ainda vão chegar são para jogar na equipa titular, vindos de outras equipas e sem conhecerem os companheiros, vão precisar de algum tempo para se adaptarem e começarem a render.

12 de julho de 2008

Esperanças renovadas

Depois de alguns dias em que não me foi possível escrever neste espaço, volto hoje a este “cantinho” de opinião.
Desde o meu ultimo post, a sucessão de acontecimentos relevantes para o Benfica e para o próprio futebol nacional sucederam-se em catadupa e são tantos (desde a contratação do cebola pelo Porto até à confusão generalizada que se tornou a justiça desportiva, passando pelo início de época – pré temporada – do Benfica) que não tenciono escalpelizar cada assunto neste momento, até porque muito se tem escrito sobre todos estes temas.
Desde já apraz-me referir o meu contentamento por ter sido oficializado Carlos Queiroz para desempenhar funções de seleccionador Nacional. Considero uma boa escolha e espero que a selecção de todos nós possa beneficiar da sua experiência e profissionalismo. Que seja feliz nas suas funções, pois a sua felicidade será também a de todos os Portugueses que gostam de futebol.
Quanto ao Glorioso, confesso que há muito não tinha expectativas tão elevadas. Efectivamente, tenho apreciado bastante o trabalho feito pela equipa técnica, que se tem mostrado sóbria, objectiva e directa na apreciação dos factores que podem influenciar os jogadores e a equipa, denotando sempre grande profissionalismo e carácter até na abordagem feita a assuntos delicados, em resposta à comunicação social. Gosto do facto de Quique Flores tomar as rédeas da equipa e desenhar ele próprio os movimentos de cada jogador, pois é meio caminho para que não vejamos novamente um Benfica em que cada um joga por si, sem fio de jogo e jogadores que nem sabem onde se devem colocar em campo nas diversas fases do jogo (ataque, contra – ataque, recuperação de bola, etc...).
Desde há muito tempo a esta parte que os treinadores do Benfica não escolhiam os seus jogadores, tendo que trabalhar com planteis onde apenas figuravam os eleitos do presidente, de alguns empresários e as “vacas sagradas”. A mudança de política de contratações e dispensas urgia e segundo parece o Rui Costa tem-se esforçado e conseguido resultados interessantes, embora não faltem vozes críticas que desde muito cedo têm vindo a por em dúvida as capacidades e as escolhas feitas e anunciadas.
Também eu gostaria de ver alinhar vestindo as nossas cores os melhores jogadores do mundo, mas a esse facto não se pode alhear a situação do clube e do futebol Português.
Parece-me que, neste momento, trilhamos o melhor caminho, da melhor forma possível.

22 de junho de 2008

Melhores dias virão

Após alguns dias a “digerir” a eliminação da selecção do EURO 08, lá encontrei motivação para voltar a este espaço e “desabafar” a tristeza que me invade a alma.
Pensei que seria desta, estava tudo a correr de forma satisfatória (até ser noticiado o abandono do seleccionador – mais pela notícia do que pelo treinador). Cheguei a sentir fortes possibilidades de nos tornarmos campeões da Europa.
Sobre esta situação, nada me consegue convencer de que as mudanças fulcrais anunciadas de forma tão descuidada, no decorrer de uma competição que dura poucos dias e que tudo se resolve em meia dúzia de jogos, não tem impacto no grupo de trabalho. Quando o seleccionador anuncia que resolveu a sua vida, sabendo-se que vários jogadores estão, também eles, em situação de expectativa em relação ao seu futuro, como se espera que estes não mantenham contactos e pensamentos em possíveis e prováveis situações que os desconcentram do objectivo para o qual estão reunidos? Muito se disse e escreveu já acerca deste assunto, pelo que, não vou estar a alimentar mais esta situação, principalmente porque continuo a ficar algo chateado só de pensar nela.
A selecção já saiu do EURO, só falta sair-me o EURO do pensamento. Melhores dias virão (ou não...)
Este EURO já foi, venha o próximo.

13 de junho de 2008

(in)Decisão - parte II

A situação, como eu a vejo, da participação na Champions, resume-se assim:

  • O campeonato estava a correr bem ao F. C. Porto, faltavam poucas jornadas e a soma de pontos amealhada era garantia de que o campeonato estava ganho e com pontos de sobra. Neste contexto, sem que nada o fizesse esperar, em tempo oportuno (antes do final da prova, nunca se viu tamanha rapidez na justiça…), sai uma condenação para o Porto, pois era necessário condenar também o Boavista, que se estava já a afundar (ainda não entendi porque os processos saíram resolvidos na mesma data), tendo a liga tapado o sol com a peneira com um suposto castigo, que bem espremido não dá em nada, e que o clube regional aceitou com satisfação (ou ele próprio sugeriu, ainda não sei bem), ficando o caso julgado e punido (arrumado).
  • Seguem-se as declarações do presidente do clube, que da forma sagaz que se lhe conhece diz em público que o clube não vai recorrer do castigo, conforme não recorreu, tendo recorrido apenas dos dois anos que lhe foram aplicados (que à partida, conforme previamente combinado, vai conseguir facilmente escapar por voltas e trocas legais).
  • Veio à comunicação social um dos juristas envolvidos no castigo, que valorizou, extasiou, endeusou, envaideceu-se e disse tanta coisa, que até alguns Benfiquistas ficaram confundidos e apoiaram este castigo e o seu timing.
  • Tudo corria bem, não fosse alguém consultar os requisitos para concorrer às competições europeias. Nessa altura, o mundo virou de pernas para o ar.
  • A UEFA diz que o Porto não vai à Champions, conforme legislação que rege os requisitos à participação na prova.

Verifica-se neste ponto que, tudo o que havia sido tão bem feito, julgado e ponderado, afinal está tudo mal:

  1. A decisão não tinha prazo de recurso, pois findo o mesmo, o clube é notificado que afinal pode ainda recorrer. Tudo o que levou à punição do clube, resume-se a nada, pois sai da liga um parecer que diz que o castigo, após transitado em julgado, não é ainda vinculativo (onde já se viu). Gostava de ver explicar de novo àquele senhor que tanto falou e nada disse, como, de um momento para o outro, as coisas que estavam provadas deixaram de estar.
  2. O clube recorre, pelos vistos contra a opinião do presidente, conforme declarações já mencionadas.
  3. A UEFA volta com a sua decisão atrás, porque a Liga, sabe-se lá porquê :) com a mesma rapidez com que puniu (com punição nenhuma) o Porto, ao se aperceber das repercussões dos seus actos, de imediato voltou atrás e deu o dito pelo não dito, não fosse prejudicar quem era suposto ajudar.

Assim, volta tudo ao início, para que os prazos possam permitir novas estratégias e seja rectificado o que quase fugiu ao controle da Máfia.

12 de junho de 2008

Apurados

Mais uma excelente vitória da selecção, com direito e emoções fortes e momentos de alguma resignação. O resultado final resultou no apuramento desejado e mais uma vez amplamente festejado, até porque o primeiro lugar no grupo nos dá a consequente perspectiva de um adversário mais acessível na próxima fase.
Agora resta saber se a ambição da selecção se fica pelo apuramento. Achei por demais inoportuna a comunicação da saída de Scolari para o Chelsea. Temo que talvez se venha a reflectir na equipa, cujos jogadores podem facilmente projectar que não é àquele técnico que têm que agradar para voltar a ser convocados. Esta situação, em primeira análise, exclui automaticamente o seleccionador do grupo, o que deveria acontecer apenas no final da competição (como espero estar redondamente enganado).
Estes já lá vão, venham os próximos. Força Portugal, vamos a eles.

8 de junho de 2008

Vitória Justíssima

Segui com emoção o jogo entre a nossa selecção e a Turquia. Gostei do que vi, jogámos bem nos vários sectores, os jogadores demonstraram confiança e dedicação e até levaram algumas "caçetadas" que não foram suficientes para travar o ímpeto, empenho e ambição.
Tristemente recebi a notícia de que o nosso melhor guarda redes (Quim) se lesionou durante um treino, mas não tenho a memória curta e lembrando o que o frangueiro do Ricardo tem feito pela selecção, acho que talvez a baliza esteja bem entregue, até porque hoje ele portou-se à altura, apesar de ter tido pelo menos uma saída em falso, que me lembre.
Esperava um pouco mais desta Turquia, mas também, como confessou o treinador Turco, não é fácil jogar contra Portugal, principalmente quando as coisas saem de feição.
Uma palavra também aos emigrantes que vivem em clima de loucura estes dias, bonita festa que têm feito.
Estes já lá vão, venham os próximos. Força Portugal, vamos a eles.

4 de junho de 2008

(in)Decisão

A UEFA lá se pronunciou. A decisão era a que se esperava, tendo em conta os regulamentos.
A reacção também, tendo em conta o facto de o visado ser, como é sabido, uma pessoa desprovida de qualquer pingo de carácter.
Lembro-me perfeitamente de ouvir e ver uma entrevista na televisão, em que foi dito em tom de gozo e superioridade intelectual (chico-espertice) qualquer coisa deste género: "Bamos ter subtraídos 6 pontos aos muitos que conquistámos esta época, é com mágoa que em bez de ter 20 e 21 pontos de abanço bamos passar a ter apenas 14 e 15, mas paciência. Não bamos no que diz respeito ao F.C.P. recorrer da perda dos 6 pontos nem precisamos de dizer qual a razão. Bamos passar a ter apenas 14 e 15 pontos de abanço."
Mas como a ocasião faz o ladrão, sendo este senhor entendido em sê-lo, apresenta-se hoje em entrevista no telejornal, onde diz o seguinte: "Recebemos um Fax a dizer - Cite-se a CD e a SAD e, querendo, contestem. Temos possibilidade de contestar, queremos e já o fizemos".
Levou também pareceres de juristas que apontam para a irregularidade de aceitar escutas telefónicas em casos disciplinares e disse: "basearam-se em factos ilegais" para punir o Porto. Não disse: É mentira que tenha tido essas conversas que foram alvo de escutas.
Também o Sr. Madaíl, mais uma vez, se apressou a criticar a UEFA e a exercer pressão dizendo-se admirado pela decisão "injusta" e argumentando que a UEFA não está a seguir os mesmos critérios que utilizou anteriormente, em vez de dizer que, quem é culpado deve ser punido e ponto final.
O Poncio Monteiro ainda tem a lata de dizer que esta decisão serve os interesses de alguém, querendo com isso induzir que o Benfica está por trás desta situação. Não é anedótico???
O excremento afirma ter certeza de que vai ganhar o recurso. A questão vai continuar em suspenso e vai manter-se a indecisão acerca do desfecho deste filme.
Bem, chega de falar de porcaria. Vamos ver o que vai dar, com a certeza de que me sinto muito bem por ter a noção clara e real do que se passa, pois para fazer os meus próprios julgamentos não é obrigatório excluir escutas, testemunhos, imagens televisivas, registos e recibos de viagens, visitas de árbitros ao domicílio, fruta, chá e biscoitos, etc, etc, etc...

3 de junho de 2008

Acumulação de presidências

Será impressão minha ou o Sr. Gilberto Madaíl está completamente "borrado" com a hipotética decisão contra a pretensão dos andrades de irem à champions, mesmo contrariando os pré-requisitos de admissão na competição?
Certamente iniciaram-se os jogos de bastidores e de influências, o que não surpreende ninguém tratando-se dos envolvidos.
Será que o discurso dele não deveria ser de acordo com princípios de uma punição para quem se provou estar indiciado, pois seria uma forma de apoiar a justiça que tanto se apregoa e que se diz estar feita com uma punição que na prática, por assim dizer, não pune ninguém no panorama nacional?
As suas declarações não deviam ser as de uma pessoa que, não tendo poder para decidir, se colocasse incondicionalmente do lado de quem decide, apoiando o que viesse a resultar, sem parcealismos e proteccionismos a quem pode vir a ser "castigado" e que já foi condenado sem recurso (o que foi uma manobra de chico-espertismo pois o recurso poderia em primeira análise, pelos vistos má análise, arrastar o processo e fazer com que o F.C.Porto iniciasse o próximo campeonato com menos seis pontos, quantidade que os espertos podiam dispensar esta época, que lhes foram oferecidos a troco sabe-se lá de quê pelos Lucílios desta engrenagem)?
Que vergonha, senhor presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional. Ou será que é senhor presidente da Liga de Clubes Portugueses Condenados Por Corrupção? Pelo andar da carruagem, parece que é ambas as coisas.

27 de maio de 2008

Quique Flores

O novo treinador para orientar as "papoilas saltitantes" é mesmo Quique Flores. Segundo apurei trata-se de uma aposta que tem tudo para vingar, pois no meu ponto de vista teria que ser um treinador perito em impor regras tácticas, sendo que este senhor é reconhecidamente um estudioso do futebol táctico. Tem faltado no Benfica, além de vontade de alguns jogadores, um bom preenchimento e posicionamento em campo e não se encontram linhas de passe porque os jogadores não estão onde deveriam estar. As jogadas não saem porque eles não as "estudaram" e não têm mobilidade suficiente para atacar e defender em conjunto, como se aprende nos livros.
Mais uma vez o Rui Costa não me desiludiu, apesar de Laudrup também preencher os requisitos que considero essenciais.
Vejamos agora como vai o treinador lidar com as contratações e dispensas, pois todos falam de nomes, mas alguns estão esquecidos que o clube não está em condições de fazer grandes contratações, ainda por cima não tendo entrado na Champions, a não ser que se opte por vender os jogadores mais valiosos, que por sua vez podem ser os mais necessários, juntando-se o facto de que as vedetas auferem ordenados proibitivos para um clube que não está a nadar em dinheiro e que impôs um limite salarial ao restante plantel.
Acresce o facto de Quique não conhecer nada do Benfica. Quando chegou a Lisboa é que viu verdadeiramente o estádio, ficou deslumbrado e aposto que achou que tinha assinado sem saber por um clube de dimensão maior do que pensou. Ora, posto isto, não vai ter oportunidade de conhecer verdadeiramente todos os jogadores, muito menos os emprestados. É aqui que espero que o director desportivo tenha de novo um papel preponderante, uma vez que o Chalana também não arriscou muito em jogadores que se mantêm uma incógnita quanto ao seu verdadeiro valor.

17 de maio de 2008

Restrição Ibérica?

Após o final da época, a pior de que tenho memória, vou tentando manter-me informado acerca das situações prementes que necessitam de ser resolvidas.
A questão do treinador revela-se prioritária em todos os aspectos e espero que esteja resolvida nos próximos dias (poucos), uma vez que se encontram pendentes decisões, referentes a contratações e dispensas, que dependem directamente, segundo a lógica, da opinião do treinador e da forma como este pretende fazer jogar a equipa.
Existem ainda jogadores que vão estar de regresso, que se encontravam emprestados e que pretendem uma oportunidade de mostrar o que são capazes de fazer, bem como outros que ficaram no clube e não foram opção.
Estou-me por exemplo a lembrar do Manu, que foi emprestado, e que saudades me fez sentir ao ver jogar o Maxi ou o Luis Filipe, no lugar de extremo.
Pelo que sei ainda não há "fumo branco" em relação ao treinador, sendo que, os jornaleiros apontam agora para dois nomes que, curiosamente, estão ligados ao futebol espanhol. Acho que o nosso presidente gosta de ouvir "hablar" espanhol no balneário. Por isso contratou Rodriguez, Maxi, Cardozo, Bergessio, Diaz, Di Maria, Camacho e restante equipa que com ele trabalha. Desta gente toda, maior parte já saiu ou vai ainda sair. Estará na hora de repor o stock?

11 de maio de 2008

Obrigado por tudo

ADEUS MAESTRO

ATÉ JÁ

8 de maio de 2008

O que falta acontecer?

Se a saída de Rui Costa dos relvados é um dado adquirido, ainda não estou convencido acerca das saídas de Leo e Rodriguez, pois penso que o processo ainda não estará totalmente encerrado, estando pendente, aguardando a opinião do treinador que vier para orientar a equipa (pelo menos assim espero).
Por falar em treinador, parece que o escolhido vai ser Eriksson. Resta saber se ele vai prescindir de parte do salário milionário que aufere presentemente para "embarcar" na aventura. Quanto à escolha, apesar de não ser a primeira opção, até não é má de todo, considerando o que este senhor já deu ao Benfica e o respeito que o mundo do futebol nutre por ele (nunca entendi muito bem aquela história de ele falar com clubes acerca de jogadores da selecção Inglesa, negociatas não muito bem explicadas, mas aceito que tenha sido vítima de uma cilada, pois até o facto de ter sido notícia da forma como foi aponta para isso, uma vez que existia mau ambiente ao redor do seleccionador na altura e ele seria uma pessoa a abater na opinião de muitos).
Outra coisa que me tem feito pensar é o castigo que vai supostamente ser aplicado aos clubes mafiosos do norte. É que não consigo explicar, admito que possa estar mal informado, que se ambas as situações têem por base pressupostos de benefícios para atingir vitórias, uns são punidos com 6 pontos e outros arriscam-se a descer de divisão. Se a situação se refere a campeonatos em que foram campeões nacionais, vão-se manter esses títulos na história das competições? Nesses campeonatos, se perdessem esses pontos, teriam chegado ao título? Teriam ido à Liga dos Campeões e ganho o dinheiro que ganharam para comprar jogadores e fazerem obras nos estádios? Quem ficou prejudicado com isso?
Não creio que perder 6 pontos neste campeonato seja a pena adequada e acho até que, se assim for, os presidentes dos outros clubes podem começar a pensar fazer o mesmo. Faz-se uma mão cheia de falcatruas, chega-se ao título, ganha-se dinheiro com isso, depois, um ano destes, corre-se o risco de não ser campeão, juntamente com as outras equipas todas, o que nem sequer é o caso do clube em questão esta época.
O autor do ilícito vai continuar a rir-se na cara de todos (dois anos de suspensão, como se isso fosse impeditivo de um presidente se manter à cabeça do clube e tomar decisões que outros assinem por ele).
Ainda me tenho lembrado que as coincidências acontecem. Ou não será uma o facto de nos jogos que se seguem, os nossos concorrentes directos se irem defrontar com duas equipas cujos salários estão em atraso, uma delas convencida que vai descer e outra com os jogadores sem treinarem há pelo menos dois dias?
O que mais irá acontecer a este Benfica?

5 de maio de 2008

Não cura, mas alivia

Ultimamente não tenho tido grande vontade de falar de futebol... Porque será???
Disso mesmo se tem ressentido este blog, que desde o dia 01 de Maio não tem sequer a minha visita.
Depois de muito pensar, cheguei à conclusão que todos procuramos para a pergunta "Para que serve esta equipa?".
Apreciem agora a imagem que se segue.
No próximo jogo, depois da partida, todos os jogadores deveriam tomar esta posição. Cada sócio teria a oportunidade de escolher o seu jogador "preferido" e pregar nele um valente, potente, energético, possante, robusto e vigoroso pontapé na bunda (não cura, mas alivia).
Ora lá está, a solução para todas as crises. Se cada pontapé custasse 20 euros, nem era preciso nenhum fundo para comprar mais jogadores. A malta tratava de colaborar e os jogadores tratavam de não fazer a mesma bosta na próxima época.
Quem ri por ultimo... Ri muito melhor.

1 de maio de 2008

Patinho feio

As novelas do costume em redor do Benfica e das contratações de jogadores fazem agora as manchetes dos jornais, mas, o argumento neste momento visa o treinador.
Pelo que tenho visto não há ninguém que queira treinar o Benfica, pelo menos ninguém que o Benfica queira.
A técnica costuma ser a de esperar pelos saldos (últimos dias de transferências) e parece que vai acontecer de novo. Depois de muitas "negas", lá vamos nós ficar com a penúltima opção, equivalente em qualidade à ultima, mas mais barata.
Ninguém quer agarrar no "patinho feio" e transforma-lo num resplendoroso "cisne". Talvez o patinho seja mesmo muito feio, mas aposto que quando crescer e mostrar todo o seu esplendor, muitos lhe vão querer deitar a mão. Em alturas como essa é que o cisne voa para longe.
Não, não sou de acordo com o regresso do Rui Águas à Luz, assim como dispenso outros como por exemplo o Paulo Sousa, que ontem ouvi na rádio que pode vir a assumir funções no clube, não sei se a notícia tem algum fundamento, nem quais as funções. Apesar de serem pessoas que me suscitam uma certa estima, que nem eu próprio sei explicar, não os queria ver de novo no Glorioso clube que não souberam respeitar. E o leque alarga-se a Miguel, Tiago, Manuel Fernandes, etc...
Do mesmo modo, não sou a favor da contratação de treinadores mal agradecidos e que aproveitaram o nome do Benfica para sua auto promoção e não quiseram renovar por capricho.

28 de abril de 2008

Verdade desportiva

O Benfica vai pedir explicações à liga sobre as arbitragens, no caso, as de Lucílio Batista (link) o que eu penso ser o mínimo exigível a um clube que tem muitas queixas a apresentar.
Alguém ainda acredita que estes senhores que se consideram senhores da verdade, têm condições de continuar a influenciar resultados e tudo se passar em frente aos nossos olhos, sem que sejam responsabilizados ou os clubes ressarcidos do seu péssimo desempenho?
Se os jogadores são alvo de castigos, que prejudicam o clube, posteriormente aos jogos, através da análise de lances utilizando imagens televisivas, porque continuam estes senhores a ser protegidos, e defendidos, quando é por todos visto que alguns dos seus erros são tão gritantes que não podem ser justificados no âmbito desportivo.
Para quando teremos um aproveitamento da tecnologia existente de forma a minorar as borradas que estes senhores andam a fazer? Quantos campeonatos têm os corruptos que vencer para que se sintam satisfeitos e concordem que os pontos devem ser de quem os merece e não de quem os compra?
Câmaras nos estádios, chips nas bolas, nas chuteiras, nas cuecas dos apanha bolas se for preciso, mas a verdade acima de tudo.

26 de abril de 2008

Terceiro lugar

Os rapazes lá fizeram a sua obrigação, venceram o jogo de forma merecida e ainda bem que não sofreram golos, pois se tem surgido o empate antes do intervalo, conforme podia ter acontecido, teria sido difícil levar de vencida a equipa do Belenenses, que se bateu bem e apareceu algumas vezes em situação de marcar.
Hoje, até o Edcarlos me surpreendeu (jogou bem e contrariou a tendência de recuar e não atacar a bola, controlando o lance com os olhos), apareceu um pouco por todo o lado, ganhou algumas bolas em antecipação e mostrou-se bastante concentrado.
Enfim, hoje vou acabar o dia a um ponto do segundo classificado, o que, longe de ser bom, não é mau de todo (considerando o que podia ter acontecido em caso de derrota).

Os números

F. C. Porto - 69 pontos, V. Guimarães - 49 pontos, Sporting - 46 pontos, Benfica - 45 pontos, Belenenses - 42 pontos.
Se no início do campeonato me tivessem questionado sobre quais os cinco clubes que a esta altura estariam colocados nas cinco primeiras posições e que lugar ocupavam, não teria qualquer hipótese de ter acertado. Nem lá perto.
Sendo quase certo que um dos três "grandes" estaria em primeiro, esperando eu que fosse o Benfica, claro, nem me atreveria a pensar que seria de forma tão folgada, que seria campeão tão cedo. Acho que nem nos meus sonhos mais arrojados me lembraria de tal coisa (devido aos últimos campeonatos e à forma como nos temos habituado a ser modestos, até nos sonhos).
Mas na realidade, estamos mesmo em quarto lugar, com possibilidade de cair ainda mais na tabela, com uma derrota no jogo com o Belenenses que se aproxima do início, o que, a verificar-se, ou mesmo um empate, agravará de forma contundente esta "onda de derrotismo" que prolifera entre o povo Benfiquista.
Nunca acordámos do pesadelo de perder Simão a que se referiu o Fernando Santos, nem nós nem Camacho, que se viu a braços com muitos jogadores, mas sem equipa.
No fim do campeonato é que se fazem as contas da época, mas, a esta altura, não há muito para somar, existem jogadores a diminuir, nunca mais igualar, multiplicam-se as desilusões e dividem-se os adeptos e associados entre possíveis pseudo soluções.

24 de abril de 2008

Impensável

Luis Filipe Vieira suspenso por 15 dias (Link)
Mais uma vez fico estupefacto com uma decisão destes senhores que se substituem a um dos pilares base de um estado de direito.
Então, se estão formalizadas denuncias, fundamentadas por imagens e opiniões de peritos, se correm processos na justiça tendo por fundamento situações semelhantes, antes mesmo de investigarem, provarem que nada existe, resolvem o problema com castigos e multas a quem fala e denuncia. Por se sentir prejudicado, num país livre e democrático, uma pessoa que o afirma, apresenta casos concretos (imagens esclarecedoras) e, não tendo nada a esconder, até porque a justiça quer-se do conhecimento público, para que os meliantes sejam conhecidos de todos, o difunde e expõe à consideração da restante população, é recriminado, instaurado um processo, feitas as averiguações e também punido pela mesma "Comissão". Impensável.
A celeridade com que foi punido o presidente do Benfica, seria desejável também em outras situações que, algumas, nem chegam a ser equacionadas. É exemplo disso o facto de o presidente do clube regional dizer tudo o que lhe apetece, tentando expor ao ridículo outros dirigentes, bem como até regiões de um país e seus habitantes, criando uma espécie de regionalização do território nacional continental, que, em boa hora, até foi reprovada em sede própria (imaginem a quem serviria).

23 de abril de 2008

Cavalo ou burro?

Atendendo aos factos que referi no post anterior, vejo-me neste momento a pensar já, e quase em exclusivo, na época que se segue.
Quanto às contratações ventiladas e dadas por garantidas na comunicação social ultimamente, casos de Ruben Amorim e Jorge Ribeiro, é minha opinião que, se por um lado não me parecem maus jogadores, por outro continuamos a contratar jogadores antes de contratar um treinador, que vai chegar ao clube sem ter oportunidade de fazer a sua equipa, o que lhe dá, logo à partida, um motivo para se desresponsabilizar pelos resultados dessas contratações.
Também me parece que estamos todos a pensar em contratar treinadores estrangeiros, que não conhecem os jogadores que temos e não sabem que jogadores estão emprestados e o seu valor. Esta política de emprestar jogadores, também merece a minha reflexão. No inicio da época, o treinador queixava-se de um plantel excessivamente extenso, composto por, além dos que transitaram do ano anterior, vários jogadores que foram contratados (grande parte, sem terem aprovação de qualquer treinador que os veio a treinar) e alguns que "saltaram" da equipa de júniores, realizando com os restantes a pré época. Nos jogos da pré época e inicio de época, os jogadores vindos dos júniores tiveram algumas oportunidades de jogar e mostrar serviço, tendo cumprido quase todos com o que deles se esperava. Já os jogadores contratados, apenas dois ou três se comprovou serem mais valias para a equipa, logo de inicio. Inexplicavelmente, os "miúdos" (jogadores que fizeram carreira no clube, alguns com vários anos de esforço e dedicação, investimento do clube e deles próprios), foram emprestados e foi-se comprar outros, que provavelmente são para dispensar. Juntando isso ao facto de, neste momento, a maior parte dos jogadores titulares se tiver hipótese vai-se embora, pois tirando os que estão em fim de carreira nenhum pensa ficar para sempre no Benfica, era preferível ter ficado com os júniores, que foram emprestados a equipas de outras ligas, onde podem ser mal geridos, ganhar vícios, mazelas, etc...
Ainda referente aos treinadores, verifico que, os melhores treinadores que passaram pelo Benfica ultimamente, também não quiseram continuar (Ronald Koeman e Trapattoni) e penso que havia condições na altura para que o seu trabalho tivesse continuidade e com bons resultados.
De facto, em nome da estabilidade, sem dispensar perfil e competência, também eu acho que "Mais vale um burro que me carregue do que um cavalo que me derrube". (Gil Vicente/Farça de Inês Pereira)

21 de abril de 2008

Possível mas pouco

Infelizmente aconteceu o que eu temia. Embora reservasse uma tímida esperança de que a equipa se pudesse encontrar e fazer um jogo razoável, não houve força física, nem anímica.
O jogo e mais ainda o resultado no Alvalixo tiveram um impacto amplamente negativo. Para além do facto de fechar a porta da Taça, foi o agudizar do estado de "depressão" a que a equipa se entregou depois da derrota com a Académica, do qual não conseguiu sair ainda e se vai manter, com toda a certeza, espero que de uma forma menos notória, até ao fim da época que cada vez mais anseio.
Os dois jogos com o F.C.Porco, marcam esta época para o Benfica. Se no primeiro foi o início da queda, pois penso que foi desde esse dia que perdemos o campeonato, num jogo que até disputámos de uma forma razoável e acabamos por perder pela margem mínima, tendo desfrutado de algumas situações flagrantes de golo (se tivéssemos ganho continuávamos a disputar o campeonato), o segundo marca uma fase tão negativa que não pode piorar muito mais.
Nem com as outras equipas a perder pontos conseguimos ultrapassa-las na classificação.
Vejo-me, de novo, a equacionar possibilidades e probabilidades. Se é possível chegar ainda ao segundo lugar, não é lá muito provável que aconteça.

20 de abril de 2008

Clássico?

Mais uma vez me sinto-me na expectativa de poder ficar duplamente triste ou duplamente contente, depois do jogo que vai ter lugar daqui a algumas horas, a que muitos apelidam de clássico.
Como escrevi num post anterior, duplamente contente por o Benfica ganhar e o F. C. Porto perder ou duplamente triste, se vier a acontecer o contrário.
Preferia que o Benfica não encarasse este jogo como um clássico, mas sim como um "jogo normal", até porque encarar este jogo como algo especial é dar demasiada importância ao adversário. Mas, há sempre um mas, os jogos "normais" também não tem sido o nosso forte.
O Chalana disse ontem em entrevista que "O nosso orgulho está sempre em jogo" e isso sim, é um facto.
Se clássico quiser dizer que é um jogo de qualidade, com um Benfica capaz para defender a sua gloriosa história e o orgulho de todos os benfiquistas, então que seja um clássico, e dos bons...

19 de abril de 2008

Manifestação

Hoje, a notícia do dia é uma manifestação que foi organizada e obteve grande adesão num blog, com o intuito de “forçar” a novas eleições para a presidência do clube.
Como Benfiquista, também eu não estou satisfeito com os resultados do meu clube e sinto que as minhas expectativas, criadas pelo presidente no início da época, foram defraudadas pelas vergonhosas prestações desta “equipa maravilha”.
De resto, concordo que o presidente tem neste momento uma imagem desgastada, equiparada a “um bombeiro que tenta apagar todos os fogos”, na qual muitos não se revêem, propiciada por uma gestão de recursos humanos deficiente, por motivos mais ou menos compreensíveis (saída e não substituição de Veiga, não nomeação de porta voz para não exposição pública excessiva, etc...)
Não obstante, acho que estamos todos a reagir e não a agir. Reagir é meio caminho para errar, pressupõe resposta a um estímulo e muitas vezes a resposta tem pouco de mental, é rápida e sem espaço para ponderação e avaliação de melhores soluções e condutas.O que precisamos neste Benfica é de um líder, não de um “patrão”...
O líder é aquele que consegue motivar, consegue que se façam as coisas mais desagradáveis com um sorriso na cara, faz-nos acreditar que o que fazemos é mais importante do que podemos imaginar e que somos essenciais, únicos, que podemos sempre ser melhor na prossecução dos objectivos traçados pelo “patrão”, que será importante que sejam até ultrapassados esses objectivos para nossa auto promoção. Consegue que as coisas nos pareçam apetecíveis e convence-nos de que o que o “patrão” quer é exequível e é o melhor para todos. Dessa forma, ultrapassam-se obstáculos intransponíveis.
O Presidente é um “patrão”. O papel do “patrão” é dar condições de trabalho, transmitir os objectivos ao grupo e ao líder, apresentar dados que permitam que o trabalho do grupo seja comparado com o de grupos semelhantes, remunerar o grupo pelos serviços prestados segundo o previamente combinado e, quando se justificar, gratificar o grupo de alguma forma pelos resultados obtidos.
O grupo deve ser o mais homogéneo possível, contudo, havendo diferenças entre os elementos, essas diferenças são aproveitadas pelo líder de forma a coloca-las ao serviço dos interesses do grupo.
Por vezes o “patrão” tem características de líder, mas nem sempre isso acontece e nem sempre o verdadeiro líder do grupo é o indivíduo que ocupa um cargo por nomeação ou contrato. Quem tem qualidades de líder sejam inatas ou adquiridas, dependendo das situações, assume a liderança naturalmente, sempre que o grupo precise. Dependendo das situações, podem até haver trocas de líder, que deve ser uma pessoa em que os outros se revejam, em que acreditem, que dê o exemplo e saiba exactamente o que fazer ou dizer a cada indivíduo para obter dele o comportamento ou reacção mais favorável ao grupo.
Actualmente, meus senhores, não faz falta outro “patrão”. Não vejo como alguém possa, neste momento, melhorar o trabalho que tem sido feito a nível de recuperação financeira, construção de infra-estruturas, angariação de novos sócios, etc... Pode haver quem siga a mesma linha. Mas melhorar? É certo e sabido que o Pinto da Costa (desculpem o palavrão) não ganhou o que ganhou em dois ou três mandados (nem legalmente, mas isso é outra história). A desestabilização do trabalho em curso e da preparação para o novo modelo, já anunciado, que faz todo o sentido, com um director desportivo que personalize o papel de líder, pode provocar mais uma travessia no deserto.
O que faz falta, sim, é um líder. Alguém que optimize o trabalho, faça render os recursos, gira as emoções e trabalhe com o grupo, no grupo e para o grupo.

18 de abril de 2008

Fábula infantil

Há muitos, muitos anos, que existem três animais que se diferenciaram e sobrepuseram a todos os outros, cada um à sua maneira e por motivos diferentes.
Um deles foi o Leão, temido pelos restantes animais, que tremiam ao ouvir o seu rugido e tinham pesadelos com as suas garras e seu instinto assassino. Por esse motivo, todos lhe prestavam vassalagem e se dobravam à sua passagem, apelidando-o de Rei, o que era para ele motivo de vaidade e, na sua forma de pensar, sinal de respeito e admiração.
Outro, o Dragão, tinha umas pequenas asas, que mal suportavam o seu peso, falava com dificuldade (trocava os B pelos V) e todos os outros temiam o seu hálito de cheiro terrível, motivado pela sua dieta de tripas, que com um simples sopro, queimava tudo em que tocasse. Só por isso, era respeitado e temido pelos outros e ninguém se atrevia a ser seu opositor.
O terceiro foi a Águia, animal extremamente inteligente, trabalhador, senhor dos céus, com potencialidades ilimitadas e por isso admirada e respeitada pelos restantes.
Cada dia que passava, o Leão tornava-se mais vaidoso e rugia aos sete ventos, para que todos lhe fizessem a devida vénia. O Dragão, ardiloso que era, concedia as honras ao rei, por forma a daí retirar dividendos, pois enquanto os outros animais se mantivessem controlados seria sempre um dos mais respeitados, o que lhe era suficiente, atendendo às limitações que sabia ter.
A Águia, segura de si e das suas potencialidades, recusava-se a tais comportamentos pois não conseguia conceber a ideia de se vergar perante um animal que considerava pouco inteligente, preguiçoso e com a mania das grandezas.
Certo dia, a Águia, cansada de ser incomodada pelos rugidos, que não a deixavam descansar, encontrou a solução para poder pousar, sem ser incomodada e descansar, sem ter que suportar o cheiro do Dragão e o barulho do Leão. Então, começou a construir tijolos, que foi sobrepondo, dia após dia, mês após mês, ano após ano, tendo utilizado a sua inteligência, trabalho e dedicação e edificado um pedestal de um tamanho sobremaneira alto que, nem ela própria com os seus olhos apurados, conseguia vislumbrar o que quer que fosse no reino do Leão.
O Leão e o Dragão, sentiram-se diminuídos com a imponente construção e iniciaram também eles, cada um por si, construções semelhantes que serviriam para, no caso do Leão mostrar a sua soberania e no caso do Dragão, ganhar o seu lugar ao sol, pois a Águia imperiosa, sentada no seu pedestal, quando abria as asas fazia sombra a todos os outros animais.
Todavia, a construção dos tijolos não era tarefa fácil, para um Leão preguiçoso e um Dragão que, com a sua forma enganadora de ser e de falar, nunca tinha tido necessidade de se dedicar a trabalhos pesados para conseguir os seus intentos.
Após algumas semanas, o Leão começou-se a dedicar aos seus filhotes, que, à medida que iam crescendo se tornavam fortes e ajudavam nas caçadas e fabrico de tijolos, contudo, sempre que aparecia uma oportunidade, os pequenos procuravam novas parcelas de terra, para também eles poderem reinar.
O Dragão, obstinado com a ideia de igualar o feito da Águia, continuava a trabalhar, mas, como era da sua natureza, procurava encontrar maneira de fazer o menor esforço possível. Assim, fez uma parceria com uma espécie de animais de nome Porcos, que, embora gostassem e comessem fruta, devoravam deliciados as bolachas que o Dragão assava com o seu bafo fedorento e trabalhavam em troca dessas e de outras iguarias com que este lhes pagava. Entretanto, todas as noites, a coberto da escuridão, o Dragão e os Porcos iam roubando tijolos da Águia e do Leão, que colocavam na edificação do Dragão, motivando o seu crescimento.
Cerca de um ano depois, estando a Águia a acabar de acordar, sentiu um cheiro que lhe era familiar, mas que não sentia há muito tempo. Surpreendida, olhou em direcção do solo e viu um ponto negro que se destacava. Era o Dragão.
A Águia, ficou espantada e achou muito estranho que a edificação do Dragão estivesse tão avançada. A partir desse dia, usando as suas espantosas capacidades auditivas, interceptou várias conversas entre o Dragão e os Porcos, ficando a par das suas congeminações no sentido de furtar ainda mais tijolos, em detrimento de os fabricar. Então, fez as contas e chegou à conclusão exacta de quantos tijolos já lhe tinham sido tirados.
Um dia, aproveitando o facto de o Dragão se deslocar a uma caverna existente numa montanha, de onde retirava o barro para os tijolos, a Águia foi buscar os seus tijolos, mas, em vez de os transportar para o local de onde o Dragão os furtou, levou-os para a entrada da caverna e bloqueou a saída, deixando no interior o animal mal cheiroso, que só via o pôr do sol através dos quadradinhos que a habilidosa e majestosa ave deixou entre os ladrilhos para entrar o ar.
Depois de conhecer os factos que levaram a Águia a prender o Dragão, tendo recuperado os seus próprios tijolos, satisfeito por ela ter tomado uma iniciativa que ele nunca teve coragem de tomar, o rei Leão ordenou que nenhum animal libertasse o Dragão e proibiu que se dissesse o seu nome.
Ainda hoje, de vez em quando, sai fumo do interior dessa montanha, que, por não puder mencionar o nome, os outros animais chamam de vulcão.

17 de abril de 2008

O mundo não acabou

É altura de avançar...
Deixar para trás a desilusão.
Acordar do pesadelo.
Pensar no jogo no dragão.
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Apanhar e juntar os cacos,
Voltar a colar e arranjar,
Apoiar de novo o que temos.
É com estes que iremos contar
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O mundo não acabou ontem,
Mas esta época não está a ser boa,
Tudo em que entrámos, perdemos.
Até o campeonato de Lisboa.
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Mas somos um clube centenário,
De cuja história no orgulhamos.
Outras vezes seremos mais fortes.
Como tantas outras o fizemos.
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Não espero para não desesperar,
Mas vou continuar a apoiar,
Lamber as feridas, olhar em frente,
Neste jogo de perder ou ganhar.
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E se um dia lembrar o que senti ontem,
Será apenas por saudade.
Pensei que o jogo estava ganho.
Mas faltava ainda outra metade.
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Vamos Benfica...
Apanha-os do chão.
Bate-te, valente.
Faz frente ao dragão.

16 de abril de 2008

Palavras para quê?

Poderia dizer que fizemos uma belíssima primeira parte. Mas palavras para quê? Podia afirmar que não foi marcado um penalti sobre o Di Maria. Mas palavras para quê? Apetece-me gritar que o arbitro foi parcial na amostragem de cartões. Mas palavras... para quê?
Na segunda parte, a defesa tentou jogar em linha, mas havia sempre alguém a fazer asneira, o meio campo não pressionava, não acertávamos um passe, ninguém marcava ninguém, o único jogador com velocidade no contra ataque saiu e generalizou-se o pontapé para a frente, tipo jogo de solteiros contra casados. Podia dizer muitas coisas, mas palavras... leva-as o vento.
Não tenho dúvida alguma que o quase Benfica ganhou este jogo. Depois, fez um lindo embrulho, com direito a laço e tudo, e ofereceu-o de presente ao sporting.
Primeira parte quase perfeita, jogadores que quase pareciam outros, quase acertaram todos os passes, quase todos pensámos que estávamos na final. Foi outro grande jogo deste Sport Lisboa e Quase Benfica.

Pau de dois bicos

Hoje é dia de derby. É um daqueles dias em que estamos preparados para a derrota, mas vamos acreditar na vitória até ao último segundo. Não só queremos ganhar ao sporting, como também queremos que eles percam, pelo que vamos ficar duplamente contentes, ou não...
Analisando a situação friamente, o Benfica está em vantagem, pois joga fora e todos sabemos que os jogos fora têm sido mais favoráveis ao Glorioso que os caseiros. Além disso, tendo em conta os dois empates que se verificaram anteriormente contra o sporting, nos jogos do campeonato, se for esse o resultado ao fim dos 120 minutos, observando-se que os lagartos não sabem marcar penaltis, estamos safos.
Um derby pressupõe sempre um jogo em que o resultado é uma incógnita até ao último minuto. Para o Benfica este jogo em particular é, na minha opinião, um "pau de dois bicos". Se por um lado pode ser o jogo do ano, pelo que representa em termos da presença na final da taça e pelo que representa sempre uma vitória sobre os eternos rivais esverdeados, pode, por outro lado, em caso de derrota, tendo em conta o actual estado de espírito em que o clube se encontra, ser a estucada final que vai deitar por terra não só todas as esperanças de ganhar algo esta época, eliminando até os outros dois clubes grandes (o que seria fantástico), como se afigura o início da decadência da esperança que em todos nós mora, de ganhar o próximo encontro do campeonato, no dragão.
Quero com isto dizer que, na minha opinião, se ganharmos o jogo de hoje estamos mais aptos para o encontro com o clube regional, que se revela de importância extrema, assim como este, elevando o moral da equipa e dos adeptos (pois continuamos na disputa de uma competição), bem como pode por um ponto final até nas saídas e entradas de jogadores na convocatória, que tem sido constante, contribuindo para escolha cabal daqueles em que podemos contar para a batalha pelo lugar na champions.

15 de abril de 2008

Já dizia o meu avô

Perante a conjectura social em que vive o nosso país, o Benfica é, neste momento, um clube de grande visão.
A sabedoria popular diz que "no poupar está o ganho" e os tempos em que vivemos não estão para grandes excentricidades, pelo menos para a grande maioria dos Portugueses neste jardim à beira mar plantado.
O Benfica, clube que na sua génese tem "seiva" de gente do povo, demonstra-se ultimamente preocupado com estes factos. Não sendo por isso, como se compreende a poupança de esforço que os jogadores fazem em pleno jogo, no relvado?
Existe outra forma de abordar a questão, que pode ter a sua lógica, também ela de poupança.
Já dizia o meu avô "Muito se poupa por não haver". E neste caso, o Benfica tem sido um exemplo a seguir, pois não perde uma oportunidade de poupar, seja em qualidade de jogo, qualidade de jogadores, capacidade dos técnicos, motivação, alegria dos adeptos, resultados desportivos, etc...
O que me preocupa ainda mais é que, não indo à liga dos campeões e não havendo no plantel outro Simão para vender, não vejo forma de melhorar substancialmente a equipa para o próximo ano. E se o governo diz que o país está em retoma financeira e que cada ano será melhor que o anterior, já no Benfica, não me parece.
Hoje vamos todos assistir à primeira meia final da taça, em que, conforme já aconteceu anteriormente, em outros palcos, a máfia do norte é dona das duas equipas. O técnico do Setúbal sabe bem que tem que beijar a mão ao padrinho, dono dos jogadores que lhe permitiram estar onde está e fazer um campeonato agradável, para sua própria auto promoção, que lhe valerá, talvez num futuro a médio prazo, ser treinador do clube regional à primeira escorregadela do Jesualdo. Tendo em conta as suas declarações, em que frisa ambicionar treinar um clube grande, observando-se o facto de o Paulo Bento estar agarrado ao Sporting como uma carraça e de festejar os golos contra o Benfica com tanta paixão, só pode estar a sonhar com os ares do norte.

O primeiro post

Que dia tão mal escolhido para iniciar a minha existência na blogosféra, poderão pensar quem ler este meu primeiro post, uma vez que, o tema sobre o qual me proponho opinar não será para mim fácil de explorar por motivos óbvios, especialmente em virtude do quarto lugar que o Benfica ocupa neste momento, reflexo da péssima exibição contra a Académica que resultou numa derrota por números expressivos (0-3).
Não obstante, de hoje em diante, sempre que tenha algum comentário, ideia ou patetice para divulgar ao mundo, este será o meu canal de comunicação, fazendo desde já a todos os que, por engano ou não, por aqui passarem, o desafio de deixarem também o vosso comentário.
As afirmações, ilações ou insinuações que aqui forem feitas, não passam de opiniões sem qualquer intenção de ofensa, sendo até, provavelmente em muitos casos, desprovidas de qualquer fundamento.